sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Hipóteses de Escrita

Na tentativa de compreender o funcionamento da escrita, Emília Ferreiro e Ana Teberosky observaram que as crianças elaboram verdadeira "teorias" explicativas que assim se desenvolvem em hipóteses: PRÉ-SILÁBICA, SILÁBICA, SILÁBICO ALFABÉTICA E ALFABÉTICA.
Do ponto de vista da prática pedagógica as conclusões de Ferreiro e Teberosky sobre esse estudo são importantes, pois revelam que as crianças já começam a pensar sobre a escrita bem antes de ingressar na escola e que independe da autorização do educador para dar iniciar a esse processo.

  • Hipótese pré-silábica: A criança ainda não percebe a escrita como uma representação da fala. Para escrever, a criança utiliza letras aleatórias (geralmente presentes em seu próprio nome) e sem uma quantidade definida.
  • Hipótese silábica: Essa etapa também pode ser dividida em dois níveis:

Silábico sem valor sonoro, onde a criança representa cada sílaba por um única letra qualquer, sem relação com os sons que ela representa.

Silábico com valor sonoro, onde há um avanço e cada sílaba é representada por uma vogal ou consoante que expressa o seu som correspondente.

  • Hipótese silábico-alfabético: Corresponde a um período de transição no qual a criança trabalha simultaneamente com duas hipóteses: silábica e alfabética. Ora ela escreve atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os fonemas.
  • Hipótese alfabética: A escrita representa cada fonema com um letra. Nesse estágio, os alunos ainda apresentam erros, mas já conseguem entender a lógica do funcionamento do sistema de escrita alfabético.

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